O Rio Negro atingiu nesta segunda-feira (13) o nível de 20,56 metros, marcando 50 cm a mais do que no mesmo período de 2024, quando chegou a 20,06 metros, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). A bacia amazônica, duramente afetada por estiagens severas nos últimos anos, apresenta atualmente características consideradas normais para a época.
Desde 2023, o Amazonas enfrenta extremos climáticos. Apesar disso, os níveis do Rio Negro em 2025 superam os registrados nos anos anteriores. Em 2023, quando o nível foi o menor da série, o rio alcançou apenas 19,78 metros na mesma data, representando uma diferença de 78 cm em relação à medição atual.
O último boletim hidrológico do SGB indica que o Rio Negro segue subindo em Tapuruquara, Barcelos e Manaus, com elevações diárias de até 20 cm, situando-se dentro da faixa de normalidade para o período. Já o Rio Solimões registra aumentos mais modestos, com média diária de 7 cm em Tabatinga e 19 cm em Manacapuru.
O Rio Purus também apresenta elevações em Beruri, enquanto o Rio Madeira mostra comportamento oposto, com níveis em queda em Porto Velho e Humaitá, situando-se abaixo da média normal para o período de enchente.
Os postos de monitoramento do Rio Amazonas, em enchente, apontam subidas diárias entre 12 cm e 17 cm em regiões como Itacoatiara, Parintins e Óbidos, mas algumas áreas ainda apresentam níveis levemente abaixo do esperado.
A recuperação das bacias é reforçada pelo aumento das precipitações na estação chuvosa. O avanço é significativo, considerando os cenários críticos dos últimos anos, mas o equilíbrio hidrológico na região ainda requer atenção.