Após deixarem a Câmara Municipal de Manaus (CMM), seis ex-vereadores foram designados para cargos de confiança na Prefeitura de Manaus, enquanto outros foram incluídos nas nomeações da própria CMM. Se permanecerem em seus cargos até o final de 2025, os nomeados receberão, juntos, mais de R$ 1,38 milhão, sem considerar eventuais gratificações.
Um caso recente que ganhou atenção na mídia foi o de Reizo Castelo Branco (Avante), ex-vereador e filho do ex-deputado Sabino Castelo Branco, que foi nomeado Diretor de Projetos Especiais na CMM e na última sexta-feira (3), o presidente eleito da CMM, David Reis (Avante), o nomeou para o cargo de diretor, com um salário de R$ 17,6 mil e um auxílio-alimentação de R$ 1.468,11, totalizando mais de R$ 19 mil mensais, o que equivale a R$ 229,7 mil por ano.
Na Prefeitura de Manaus, seis ex-vereadores receberam nomeações após as eleições de 2024. O médico Isaac Tayah (MDB), por exemplo, foi nomeado diretor de Vigilância Sanitária na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com uma remuneração de R$ 8 mil mensais, ou R$ 96 mil anuais. Além disso, em 1º de janeiro, os ex-vereadores Fransuá (PSD) e Alonso Oliveira (Agir) assumiram as secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade e de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação, respectivamente, com salários mensais de R$ 27 mil, totalizando R$ 324 mil ao ano para cada um.
No dia 2 de janeiro, Wallace Oliveira (DC) foi nomeado Ouvidor-Geral do Município, e Antônio Peixoto (PSD), ex-vereador cassado por fraude à cota de gênero, assumiu a vice-presidência do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Ambos têm remuneração mensal de R$ 17 mil, totalizando R$ 204 mil anuais.
A reportagem buscou posicionamentos da Prefeitura de Manaus e da CMM sobre as nomeações, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.
Além disso, outro ex-parlamentar, Sassá da Construção Civil (PT), é cotado para assumir a Secretaria Extraordinária, função ocupada recentemente por Amauri Colares. A nomeação ainda não foi oficializada, mas, caso ocorra, o ex-vereador receberá R$ 27 mil por mês.
No governo estadual, o ex-vereador Caio André (União), que não foi reeleito enquanto exercia a presidência da CMM, também pode ser nomeado para cargos nas secretarias de Cultura (SEC), Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) ou Detran-AM.