Gabriel Ketzel da Silva, estudante de educação física, foi preso em Manaus durante a Operação Hipocrátes, suspeito de se passar por médico em hospitais públicos, clínicas privadas e atendimentos a crianças vulneráveis. Ele atuava ilegalmente há cerca de dois anos como ortopedista, pediatra e clínico geral, inclusive em ações voluntárias de saúde.
Essa não foi a primeira vez que Gabriel foi detido por falsidade; em 2020, ele foi preso por se passar por um tenente do Exército. A investigação começou após uma denúncia anônima e durou cerca de 30 dias. A Polícia Civil identificou o estudante atendendo pacientes, utilizando documentos falsos, crachás de médico, carimbos e até uma arma de brinquedo.
Mensagens de celular apontam que ele assumia plantões em nome de médicos reais, podendo fazer parte de um esquema ilegal de venda de turnos médicos. Um dos profissionais cujos dados foram usados, Israelson Taveira, é investigado, mas nega envolvimento.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Gabriel, que responderá por vários crimes, incluindo exercício ilegal da medicina, estelionato e falsidade ideológica. Entidades como o Conselho Regional de Medicina, a Secretaria de Saúde e a Universidade Federal do Amazonas se pronunciaram, destacando que ele não era servidor público nem médico autorizado.