O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou os ataques à Universidade de Harvard ao anunciar novas medidas de retaliação financeira nesta segunda-feira (14). Por meio da rede Truth Social, Trump confirmou o congelamento de US$ 2,2 bilhões em fundos destinados à instituição, como forma de pressão para que a universidade encerre seus programas de “diversidade, equidade e inclusão”.
Na publicação, o ex-presidente questionou publicamente a manutenção do status de isenção fiscal da universidade. “Talvez Harvard devesse perder seu status de isenção fiscal e ser tributada como uma entidade política, caso continue promovendo a ‘doença’ baseada em política, ideologia e terrorismo. Lembre-se: a isenção fiscal depende de agir no interesse público”, escreveu Trump.
Em resposta, o presidente interino de Harvard, Alan Garber, reafirmou que a universidade não irá ceder às pressões políticas. “Harvard não abrirá mão de sua independência nem de seus direitos constitucionais”, declarou. Ele também alertou que o bloqueio dos recursos poderá prejudicar pesquisas importantes, inclusive aquelas voltadas à preservação de vidas.
Conflito recorrente
O embate entre Donald Trump e Harvard não é recente. Desde seu primeiro mandato, o ex-presidente já havia demonstrado oposição à linha institucional da universidade. Ao longo dos anos, a instituição resistiu a diversas exigências feitas por Trump, mesmo diante de ameaças de cortes orçamentários.
A atual gestão de Harvard defende a importância de manter um ambiente acadêmico inclusivo, mesmo diante de desafios como o combate ao antissemitismo. Na última sexta-feira (11), Trump intensificou as críticas, alegando que Harvard “não tem cumprido os requisitos de direitos intelectuais e civis que justificam o investimento federal”.